Matigol também resolve…


Sporting conseguiu arrecadar os três pontos diante do Marítimo graças a um penalti convertido por Matias Fernandéz, já ao cair do pano, ditando o resultado final de 1-0. Este resultado espelha bem a intranquilidade que se vive no seio do leão, que agora começa a abrir os olhos para a nova temporada, e uma vitória apresenta a moral sempre precisa para o próximo jogo.

No início do jogo, o Sporting apresentou duas novidades. A primeira, mais  notória, foi a inclusão de Zapater no onze inicial, algo que desde da sua contratação desejei, mas para uma melhor adaptação só foi possível à segunda jornada da Liga Zon Sagres. A segunda novidade recaiu num novo esquema táctico do Sporting, desta vez num 4-2-3-1, com Zapater e André Santos num sector mais recuado, Maniche a fazer uma espécie de 10 abrindo as alas para Vuk e Djaló, com o Liedson a ter os cargos de ponta-de-lança.

Na realidade, e como seria previsível, o Sporting entrou como habitual a mandar no jogo, mas apenas no sector do meio campo, sendo que na hora de rematar, na primeira parte, apenas se registava os apontamentos do número 77, portanto de Vukcevic. Numa primeira parte, onde o Marítimo baseava-se no contra-ataque, sendo que a defesa leonina tinha uma pressão alta, e recorreria-se a Patrício como um autêntico líbero, sendo que essa função foi desempenhada tantas vezes que no final da primeira parte, num lance destas características, valeu a João Pereira uma visita ao hospital com um traumatismo craniano, fruto de joalhada de R. Patrício, numa das suas saídas. Com esta lesão, valeu-se da polivalência de Carriço, colocando-o à direita, e saltando Polga do banco para o centro da defesa, fazendo parelha com Nuno André Coelho. Portanto a primeira parte não deixa muita históia para contar.

Na segunda parte, começa com o natural pendor ofensivo do Sporting, com várias ocasiões, tanto de Vuk como de Liedson, que neste jogo voltou a ter uma das suas birras, tanto com Vuk, como mais à frente com Matias, pois ele queria marcar o golo, ou pelo menos o penalti, e mostra que ele merece uns dias no banco de suplentes, para pelo menos ganhar alguma maturidade que devia ter com a sua idade. Mas retomando ao jogo. O Sporting, num esquema muito estranho na segunda parte, digno de desenho do surrealismo de Picasso, com André Santos mais recuado a Zapater, que por sua vez fazia parelha com Maniche, Vukcevic fazia dupla com Liedson, apesar do montenegrino estar uns metros mais recuado e descaído para a direita, e Djaló andava à solta na esquerda, valeram ainda um susto quando numa situação ofensiva dos madeirenses, Patricio saí mal, e Cherrad aproveita para fazer um balão de todo o tamanho, que passa caprichosamente ao lado da baliza verde-e-branca. A partir daí, apenas em ocasiões esporádicas, o Marítimo conseguiu ter a bola, sendo o domínio total dos visitados que foram parados com um recurso constante à falta. Contudo, passava os muitos e o golo não aparecia, até que Liedson, faltava três minutos para o fim do tempo regulamentar, cai dentro da grande área, com falta de Tchô, à qual Bruno Paixão assinala, correctamente, grande penalidade, que Matias Fernandez, acabado de entrar aproveita para por as redes a abanar com um golo que deixou todo o estádio um sentimento de alívio enorme.

Sporting soma os primeiros três pontos do campeonato, e agora ganha um alento maior para o próximo jogo do Brondby, a contar para a Liga Europa, e que temos de fazer a reviravolta de 2-0, sem um jogador fundamental que é João Pereira. Resta saber se Paulo Sérgio neste jogo faz alguma experiência, ou aposta nos experientes para conquistar a presença na fase de grupos da segunda maior competição da Uefa.

Posted on 23 de Agosto de 2010, in 2010-2011, Liga Zon Sagres, Rescaldo and tagged , , . Bookmark the permalink. Deixe um comentário.

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